A violência não é tão fascinante

Ao contrário do que Renato Russo dizia em uma das músicas da Legião Urbana, a violência em nosso Estado, sendo mais restrito, não é fascinante, ela é APAVORANTE. Sim, com letras garrafais, como se fosse um grito. Grito de socorro, de desespero, de medo. Eu, carioca apaixonado pela minha cidade, por baixo e por cima da Pedra da Gávea, do Pico da Tijuca e também por pontos mais atrativos aos visitantes como o Cristo Redentor, hoje estou com medo.
Resolveram mostrar nas ruas quem manda e nós ficamos no meio do fogo cruzado. Agora eu que pergunto: quem manda????
Claro que acredito que é polícia, mas a coisa tá complicada!
Sou a favor das UPPs e acredito que elas sejam um meio para a pacificação de nosso Estado, mas acredito também que só elas não acabarão com esse terrorismo. Moro na Baixada Fluminense, em São João de Meriti, e aqui, pelo que eu saiba,  não tem previsão de UPP, até porque nossa cidade é relativamente tranquila. Porém, já era opinião minha que, com a instalação nas UPPs nos morros do Rio, os traficantes viriam para o asfalto para ter outra forma de renda. É lógico! Sufocam de um lado, o outro fica livre. E aí, nós é que ficamos expostos ao perigo.
Hoje, escrevo de meu computador, no quarto da minha casa, devidamente protegido, mas amanhã irei para o trabalho pela manhã e o medo volta a me assombrar. Trabalho em uma área perto de favelas e não tem como eu fugir do meu trajeto habitual. Então, pra quem pedir ajuda? Como não tem nenhum super-homem, homem-aranha ou lanterna-verde para eu gritar por socorro. E mesmo que existisse algum super-herói, com certeza eles estariam sobrecarregados com tanta violência. Super-vilões? Que nada! Temos os super-traficantes com armas poderosas e cada vez mais numerosos. É, a coisa tá feia. Acho que nem o Capitão Nascimento daria conta.
Papai do Céu já deve estar desesperado com tanta prece e pedidos de paz, mas como não temos mais ninguém para recorrer, que ELE olhe por nós e por nossos policiais.
Em breve eu volto!
Ah, por acaso estamos em 2012?

PAZ! 

Quebrando a corrente

Na verdade nem sei bem como começar isso aqui. As idéias vem surgindo, ou melhor, palavras vem surgindo diante de tantos sentimentos intensos. Comigo não haveria de haver nada mais ou menos, tudo tem que ser intenso. Ariano, de sangue quente e pés firmes na terra com a cabeça no céu.
Pés firmes que batem por aquilo que julgo ser a verdade, mesmo sabendo que isso é um conceito relativo, e cada um tem a sua verdade.
Chega de devaneios e vamos ao que interessa.
Como a vida é engraçada não é? Somos educados e doutrinados por nossos pais, de acordo com os conceitos deles, e dos pais dos pais deles. Em resumo, somos educados para fazer aquilo que é feito durante gerações em nossa família. Acontece que quando tomamos decisões próprias, de acordo com nossos conceitos, ouvimos um "não foi assim que eu te criei". Não podemos ter personalidade? Viver nossa própria experiência de vida de acordo com aquilo que acreditamos? É, devemos. É hora de quebrar a corrente, cortar o cordão umbilical que continua preso invisivelmente a nossos pais.
É claro que "para toda ação existe uma reação de força equivalente em sentido contrário". Uma lei da física que podemos perfeitamente entender de acordo com nossa verdade. Toda separação, por mais concessual que seja,  traz consigo a  idéia de perda. É bem verdade que uns acham que perdem mais do que outros, mas no final, todos perdem..... ou ganham. Ganham o direito de mudar sua história e usar do seu conceito de verdade para alcançar a tão utópica felicidade.
É hora de quebrar a corrente e só falta um elo para isso...

Elas tem o poder!

Um ex-professor (e eterno amigo) meu em suas aulas dizia a seguinte frase: " a mulher tem poder, e mais ainda, se elas soubessem o poder que tem, todos nós (homens) estaríamos perdidos". Claro que ele falava isso com um certo sentido malicioso, mas nós alunos sabíamos exatamente que ele estava completamente certo em suas palavras.


Dia 31 de outubro (por coincidência celebrado o Dia das Bruxas), confirmamos nas urnas o que esse sábio professor dizia (e tenho certeza que diz até hoje). A mulher tem o poder!

Dilma Roussef foi a primeira presidente(ou, segundo dicionários, presidenta (http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx?pal=presidente)) eleita em toda a história brasileira, com um percentual de aproximadamente 57 % dos votos, acabando com uma era de homens poderosos. E outra figura feminina fez novamente sua festa: a democracia. Ela, que constantemente é citada e evocada em diversos momentos históricos, tão polêmica e controversa, achou de brincar ainda mais nosso o povo. Não quis mostrar sua cara no primeiro turno das eleições, onde duas mulheres disputavam, afinal, seria meio óbvio, até porque pesquisas de opinião apontavam para um vitória de uma delas ainda no primeiro turno e ontem (dia 31 de outubro), fez seu carnaval, brincando com os palhaços, carecas e índios nesse imenso circo chamado Brasil. Um circo que ganhou ares requintados, com dívidas pagas, menos miséria e desemprego, mas que ainda possui problemas.
Segundo o dicionário eletrônico Aurélio, democracia significa:
Substantivo feminino.
1.Governo do povo; soberania popular.
2. Doutrina ou regime político baseado nos princípios da soberania popular e da distribuição equitativa do poder.

Olha o poder feminino aí! A partir de agora (e antes que seja tarde) vamos dar a devida importância a essas mulheres que transformam nossas vidas, com palavras e com seu poder sutilmente exercido em pequenas, mas poderosas atitudes. As mulheres assumiram papeis principais em diversos momentos históricos, desde a antiguidade, como Maria (mãe de Jesus), Cleópatra, Joana D´arc, Rainha Elisabeth,Anita Garibaldi, dentre outras. Nosso país merecia  um  novo exemplo!
Vamos confirmar(ou afirmar), e fiscalizar para que nossa confiança depositada nas urnas seja também exercida em conjunto com outra mulher, mais forte, menos sutil e mais severa: Honra.

E viva as mulheres!

Washington Luiz