quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Político também é ser humano, devemos respeitar


A respeito da morte do candidato Eduardo Campos, gostaria de escrever umas coisas :
Não costumo defender político, porque não sou simpatizante de candidato x ou y. Não posso falar mal do Eduardo Campos pois ainda não havia pesquisado nada sobre ele (além apenas de saber o que mostrava na mídia). O que posso falar (depois de pesquisar) é que o Estado que governou (Pernambuco) cresceu acima da média nacional (3,5% em 2009) e os investimentos foram de mais de R$ 2,4 bilhões em 2009, contra média histórica de R$ 600 milhões/ano. A administração foi premiada pelo Movimento Brasil Competitivo. Além disso, teve 70% de aprovação do seu governo, pelos seus governados.
Mais uma vez friso, NÃO ESTOU APOIANDO NINGUÉM, mas devemos ter o mínimo de respeito e cuidado com o que publicamos nas redes. Antes de ser político era (ele) um ser humano, pai de família, filho, neto. Com ele morreram mais 6 pessoas, que tal qual também tinham seu valor e familiares. 
Não adianta xingar político e se indignar contra todos que fazem mal ao povo, se nós mesmos não temos consciência de nosso papel na sociedade. Quer entender? Leia um pouco a Constituição. Leia o artigo 5º (para entender os direitos individuais e coletivos), o artigo 14 (direitos políticos) e os artigos 37 ao 41 ( Administração Pública até Servidores Públicos). Aprendi isso com um professor chamado Sergio Cardoso e nunca mais me esqueci. Não precisamos ser conhecedores profundos da Lei, apenas ter alguma noção para nos defendermos de abusos cometidos diariamente contra nós (povo). 
Quer mudar o Brasil? Muda a ti mesmo. Seja educado, cordial. Não jogue lixo nas ruas, não fure filas, dê lugar aos idosos e gestantes no transporte público. Sejamos simpáticos e não antipáticos. Se cada um fizer a sua parte, todo mundo ganha. Não sou bobo por ser educado. 
No fim toda vida é importante, independente de cor, credo, ou filosofia política. 
Como já disse Shakespare, é mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Diário da Copa 2014 - Brasil x Croácia

Rio de Janeiro, 12 de junho de 2014, dia dos namorados. Dia de início da Copa do Mundo no Brasil. Copa realizada novamente após 64 anos.  Início de um sonho para muitos, de alegria para outros e desilusão para poucos.
Nunca na história uma Copa foi tão contestada. Milhões gastos, mal empregados, superfaturados, envergonhados.
O mundial ainda que recheado de polêmicas é sim concretizado e ele volta para o berço do futebol, não para os inventores, mas para os donos legítimos da arte, das firulas, do improviso, da magia de serem imprevisíveis e por isso mesmo espetaculares. O Brasil estreia em São Paulo, no ginásio Itaquerão contra a Croácia, às 17 horas e logo aos 11 minutos sofre um gol contra de Marcelo, o primeiro gol contra marcado pelo Brasil em mundiais,  totalmente sem culpa, no contrapé. A torcida toda lamenta mas apoia e nosso time ergue a cabeça e vai pro jogo (afinal nosso time é melhor e tem uma nação apoiando). A mesma torcida que cantou o hino no início, mesmo sem música, agora empurra a seleção. Nosso time reage e Neymar marca no fim do primeiro tempo. No segundo o juiz marca um pênalti inexistente em Fred e novamente Neymar deixa sua marca. Era a quebra de uma mística de que um camisa 10 brasileiro nunca marcara em estreias. Era a virada e a consagração de um craque que carrega todas as esperanças de um título mundial em casa. Para dar ainda mais alegria Oscar marca um gol de bico, para celebrar a atuação do melhor em campo, de um maestro que rege o time e enlouquece a torcida. Brasil 3 x 1.
Eu assisti ao jogo na minha casinha alugada, depois de sair do trabalho as 14 horas, no centro do Rio de Janeiro. Assisti o começo da partida almoçando, ao lado de minha amada esposa que fizera um almoço gostoso,como sempre. Foi uma celebração do dia dos namorados totalmente diferente, sem presentes, sem declarações esfuziantes de amor, mas com a simplicidade e a sutileza que o momento exigia. Estava ali, almoçando no meu cantinho com minha esposa, vendo um jogo da copa realizado no meu país. 
A mim não caberia outra coisa senão torcer como qualquer brasileiro que ama seu país apesar de toda roubalheira. Nossa seleção não tem culpa dos erros de nossos governantes e eu só posso apoiar da minha maneira. 
Tenho esperança de um futuro próspero, para meu país, para a minha seleção e para minha vida com minha esposa.

Que venha o México! 


Washington Luiz
12/06/14

  

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Manifesto contra a violência - Pessoal, Transferível e Divulgável

Eu, brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, Baixada Fluminense, mais especificamente em São João de Meriti, deixo registrado meu manifesto contra todo e qualquer tipo de violência. Seja física, verbal, moral  ou simplesmente incitativa.
Em tempos de Jornada Mundial da Juventude não é aceitável que nossa sociedade viva em estado de tensão e guerra. A massa contra a minoria, que se dá conta de que não é minoria e torna-se massa. O símio virou neandertal, que virou homo-sapiens que virou "homo-violentus". 
O que mais tenho visto atualmente são manifestações (e digo isso no sentido de atos, não de manifestos propriamente dito) de violência contra jovens, mulheres, crianças, patrimônio público e transporte de massa. A massa que cada vez mais torna-se refém de sua própria espécie, sua própria ideologia. Ideologia essa que muda a cada atentado contra o direito de ir e vir, de se expressar, de pensar, de sentir. Não aceito o pensamento autoritário de que eu tenho um direito e você um dever. 
Em casa a mulher cuida dos filhos, cuida da casa e o marido trabalha para trazer o dinheiro para a casa. Não! Os dois buscam a integração da melhor forma possível. Homem cozinha, arruma a casa e cuida dos filhos da mesma forma que a mulher. E porque há de se brigar por isso?
No ambiente de trabalho o chefe manda o empregado obedece. Deve haver hierarquia mas há de se ter respeito. O empregado pode muito bem ensinar ao empregador a rever seus conceitos. Cada um exerce sua função sem abuso de poder.
E por falar em poder, a polícia não deve usar de sua farda e sua arma para agredir e matar sem qualquer critério, como temos visto constantemente.  Usando uma definição de Vício de Ato Administrativo: "O excesso de poder ocorre quando o agente exorbita sua competência, ou seja, quando a autoridade administrativa pratica um ato que excede aos limites de suas atribuições legais." Não está claro? Preciso ser mais específico? 
Nossa sociedade trilha o caminho do certo e errado buscando sua afirmação de maneira equivocada.
Penso logo existo ou manifesto logo sou visto?  
Não me sinto representado quando vejo pessoas sendo agredidas, ponto de ônibus sendo quebrados, agências de bancos sendo depredadas, repartições públicas sendo invadidas e tomadas como se fossem castelos. Não dá para aceitar o extremismo de ambas a partes. 
Sei também que sofremos agressões silenciosas por partes de nossos governantes que se omitem com uma série de problemas com relação a transporte, educação e saúde. Pego o metrô e ônibus todo dia e sei o quanto é desumano ficarmos espremidos feitos sardinha em lata em vagões com ar-condicionado ruim ou simplesmente sem ar. Isso sem contar a falta de água em vários locais. 
Mesmo assim, com toda essa violência que sofremos, não merecemos sermos agredidos, mesmo que "sem intenção" por qualquer um que tenha seu direito roubado por aqueles que colocamos no poder.
Não é tolerável um cidadão levar uma coronhada, ser pisoteado, atingido por um tiro de bala de borracha no olho e agora morto (o cinegrafista da Band Santiago Andrade) ! Não estamos progredindo e sim regredindo!  
Vamos protestar sim, vamos reivindicar sim, mas com sabedoria e civilidade. A violência não leva a nada, a 
não ser ao excesso!.
A voz tem mais poder do que a arma. A educação é mais forte do que a força. Quando desperdiçamos energia com violência desviamos ela do real objetivo. O brasileiro é um povo lutador, guerreiro, feliz, e não bárbaro! Simpatia é quase amor, mas violência é desonrosa! 

" É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada" (William Shakespeare)



Washington Luiz
(11/02/14)