quinta-feira, 25 de abril de 2013

Crônicas de Metrô

Hoje, dia 25/04/2013, vim com um amigo para o trabalho e durante nossa vinda decidi que iria escrever algumas coisas a respeito dessa minha rotina de indas e vindas do trabalho. Mais especificamente sobre o metrô do Rio.

Dia desses, estava eu , ouvindo meu fone de ouvido em um volume relativamente baixo, quando ouvi um burburinho logo após uma estação, que acho que era Vicente de Carvalho. Pois bem, eram aproximadamente 8 da manhã e o metrô a essa altura já estava bem cheio. Não dei muita importância e continuei ouvindo minha música, e o metrô cada vez mais cheio. Quando dei por mim era uma senhora, conversando com uma jovem. A senhora falava e gesticulava, e pelo que acabei ouvindo, era sobre o filho dela. Quando chegamos na estação Central, essa digníssima senhora, cheia de boas intenções, resolveu mostrar para a jovem como ela devia se alongar para melhorar a postura. Adivinha o que aconteceu? Puxa braço por cima da cabeça daqui, puxa o braço para um lado dali, e toma-lhe empurrões e esbarrões nos outros passageiros. Fiquei com pena de uma mulher que estava atrás dela. Literalmente estava sendo esmagada e, pelas caretas que ela fazia, doida para xingar a espalhafatosa senhora dos nomes mais bonitos que existem no dicionário do palavração brasileiro. Isso é hora e lugar de mostrar como se alonga???? Vai para uma academia ou sai do metrô e mostra para os passageiros!  Já pensou se a moda pega? Vai ter personal trainner de metrô!

Outra coisa. Existe uma lei da física que diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Mentira! No metrô é possível até mais de 2 corpos! 3 ou 4 é mais comum, Não adianta você ter quase 2 metros de altura (como é meu caso) e estar do lado da porta do vagão, em um lugar estrategicamente reservado para uma pessoa. Vai ter sempre alguém achando que pode ficar ali, invariavelmente atrás de você, fungando no seu pescoço, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Se for mulher que estiver nesse canto então, já era! É certo aparecer alguém para ficar atrás, encostando a perna no fiofó e achando que não está fazendo nada de errado.

Você já levitou? Sabe o que é voar? Então pegue o metrô na Uruguaiana entre 18 e 19h. Fique bem na frente quando o metrô chegar e feche os olhos quando a porta abrir. Um super-herói as avessas! Você vai perceber que seus pés não tocam o chão enquanto a multidão te leva para dentro do vagão.  Se você não tentar firmar o pé dentro do mesmo, ai realmente você vai ver que em poucos segundos isso não será mais possível.

E bolsa e mochila então? O que mais se vê são mulheres com aquelas bolsas enormes a tiracolo ou então gente com mochila nas costas que simplesmente bloqueiam o transitividade ou até mesmo machucam quem está por perto. Eu levo e trago mochila diariamente, mas seguro ela com uma das mãos e com a outra eu me seguro. Tento ao menos não incomodar as pessoas que estão próximas. Aliás, acho que sou o único!

Tá bom que temos que aproveitar o tempo, mas mexer no tablet ou ver vídeo no celular durante a viagem ao trabalho é algo muito complicado. Ainda mais quando a pessoa está do seu lado, super concentrada e acha que está no sofá de casa, se mexendo de um lado para ou outro. Não dá né?

Educação também no metrô é coisa rara. A pessoa acha que é um fantasma e quer passar por dentro de você quando vai soltar na estação ou então pegar um lugar melhor. Elas simplesmente saem empurrando! Se pisar no seu pé enquanto tenta chegar na porta para soltar na estação, só lamento. Você vai sentir dor e a bendita alma não vai nem perceber que fez do seu pé um pastel amassado.
Por favor, obrigado e  desculpa são palavras obrigatórias para um bom convívio em sociedade, e o metrô é um ótimo lugar para treinarmos isso. Também não vamos esquecer do Bom Dia, Boa Tarde ou Boa Noite, Tão necessários quanto as três palavrinhas mágicas acima descritas.
Bom humor é sinal de inteligência, e pela manhã então é mais do que necessário. Afinal, encarar metrô cheio logo cedo para ir para o trabalho, só com muito humor. Não dá para ficar resmungando de uma situação a qual a maior parte dos cariocas passa todo dia. Rir da própria desgraça não é sinal de maluquice nesse caso, é sinal de leveza de espírito.

Bem, acho que para um primeiro relato eu até que escrevi bastante. Em breve eu volto. Mais tarde tem volta pra casa e mais algumas aventuras.

Até breve!

Washington Luiz





Nenhum comentário:

Postar um comentário